segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sinto, mas não digo quem sou!

Comecei a observar, seus modos, costumes, gestos e expressões, palavras que muitas vezes são em vão, palavras que conquistam. Olhei para o teu olhar, pouco de lápis a borrar, olheiras de cansaço, mas nada dessas imperfeições te fazia indiferente, infeliz.
 Enquanto você sorri pela manhã, meus olhos ainda não viram a luz; enquanto você sorri, meus olhos se enchem de lágrimas. Seria um absurdo se houvesse um pouco de inconstância em meus sentimentos, ao meu tempo que sinto desprezada também sinto admiração, seria uma ótima ideia se ao menos uma vez eu imitasse suas imperfeições, olhos com lápis a borrar e olheiras de cansaço, talvez seja uma ótima ideia. Quanto a mim, não me importa mais, razões não existem mais, ser eu mesma virou uma luta e poder transparecer um eu que jamais viram não me importa mais, quem olhará para alguém que não tem olhos a borrar pois não existe lápis, quem ouvirá palavras mudas e gestos contraditórios.
 Estou com medo de me sentir assim e não posso dizer a ninguém, estou com medo de ser ninguém que ultimamente imito qualquer passo, qualquer marca, qualquer palavra, estou com tanto medo que ultimamente me escondo, não sinto, não penso.

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