segunda-feira, 17 de junho de 2013

Foi você que me ensinou

 Dê seu palpite, quero sua opinião, me fale a teu respeito. Agora, mais do que nunca, preciso de palavras para torná-las em histórias, para torná-las em vidas, quero palavras para sobreviver a mais uma tempestade.
 Enquanto andava só pensava que vidas eram constituídas por sentimentos, emoções, momentos que oscilavam entre a alegria, o delírio, a dor, a loucura; mas foi quando os teus lábios se entregaram é que percebi a presença de palavras, a presença do amor ilusório. Então a partir disso procurei caracterizar as pessoas por palavras, quaisquer que fossem, elas sempre seriam apenas palavras e nada mais.
 Agora, mais do que nunca, preciso de palavras para tornar a minha história em algo real, preciso da mesma palavra que caracterizei o teu sorriso, a tua nudez, a tua fala e o teu silêncio, será que não percebe que preciso do amor? Perceba antes que todas as palavras sumam e que apenas o eco do silêncio permaneça.
 Sinto falta de quando havia sentido estar com você, em andarmos juntos pela neblina ou apenas de quando nos olhávamos um para o outro, de quando havia sonhos para juntarmos, olhar para desvendarmos e palavras não faziam sentido. Sinto falta, mas falta não quer dizer que quero viver tudo novamente, sinto falta, mas você me ensinou que palavras são pessoas. Quaisquer que sejam as pessoas serão apenas palavras.

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